domingo, 25 de outubro de 2009

A EDUCAÇÃO SEGUNDO GRAMSCI


Tendo em vista o desenvolvimento harmonioso e integral do indivíduo, Gramsci tem por preocupação mostrar a sua rejeição por qualquer idéia de espontaneísmo pedagógico. Porque respeita não só profunda e historicamente a criança como cidadão em formação, mas também como um indivíduo no contexto das relações de produção capitalista:
"{...} penso que o homem é toda uma formação histórica, obtida com a coerção (entendida não só no sentido brutal e de violência externa) e é quanto basta; de outro modo cairíamos numa forma de transcendência ou de imanência. O que se julga forma latente não é, além do mais, senão o complexo informe e indistinto das imagens e das sensações dos primeiros dias, dos primeiros meses, dos primeiros anos de vida, imagens e sensações que nem sempre são as melhores que imaginamos. Este modo de conceber a educação como o desenrolar de um fio preexistente teve a sua importância quando se o Contrapôs à escola jesuítica, isto é, quando, negava uma filosofia ainda pior, mas hoje está por sua vez superado. Renunciar a formar a criança significa apenas permitir que sua personalidade se desenvolva recebendo caoticamente do meio em geral todos os motivos vitais."

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